
Este setor está a recuperar após o descofinamento e reabertura de mercado. O mercado de usados em particular, sempre foi dependente das vendas digitais em cerca de 60% do processo de Venda e por isso, a sua recuperação está a ser mais rápida do que o da venda de viaturas novas. Por outro lado, o excesso de viaturas em stock “o kms” alimenta o setor, mas com descida de preços?
Ontem assistimos a um Webinar do Stand Virtual (publicado no YouTube), com a qualidade com que já nos habituou e onde a ACAP divulgou os números de vendas de Maio, onde nos seus primeiros dias, a reabertura das Concessões reiniciaram a sua atividade.
A nível das viaturas novas, enfrentamos um decréscimo de vendas em Portugal, de 71,6% em Maio, nas vendas de viaturas novas ligeiros e comerciais ligeiros novos, relativamente ao mesmo período do ano passado. É também de registar que, dependendo o setor de venda de viaturas novas entre 27% a 28% de rent a car, os números de venda de automóveis novos reflete esta realidade.
São valores que já refletem alguma atividade, não os níveis de atividade que todos desejavamos, mas que era espectável. No entanto, na Europa de Leste, onde o mercado abriu primeiro, os números registados foram menos significativos.
No mercado de usados, e segundo a mesma fonte, o interesse e número de contatos atingiram os níveis pré-confinamento. O que é um óptimo indicador! O nível médio de preços aumentou devido a:
No mercado de usados, e segundo a mesma fonte, o interesse e número de contatos atingiram os níveis pré-confinamento. O que é um óptimo indicador! O nível médio de preços aumentou ligeiramente, devido a:
1º Quantidade de viaturas semi-novas em stock no mercado;
2º Se até então, pautavam as vendas de viaturas abaixo de 10.000€, neste momento estas viaturas apresentam alguma ruptura, levando ao aumento da média devido ao valor mínimo de compra.
Muitos são os desafios que enfrentará este sector, e nos usados em particular a aposta passará pelo escoamento de “buy backs” e semi-novos… Desde logo, a curto prazo devido à diminuição de buy backs futuros, fruto da diminuição do Turismo e consequente rent-a-car.
Por outro lado, com a abertura também dos mercados europeus, onde por exemplo França reabriu agora e apresenta uma queda na ordem dos 95%, será que não poderemos ser “invadidos” com preços mais baixos de importação do mercado internacional, no setor de usados???
A politica de Apoio ao Abate, que já foi aprovada em anos transatos pelo Governo, continua agora em Junho “em cima da mesa”, tal como apoios na redução do IVA. A isenção de IUC para as viaturas em stock já foi reprovado. O Layoff no setor automóvel ainda espelha valores elevados, alcançando praticamente os valores de Hotelaria e Restauração, e é necessário algum apoio governamental, em todo o setor automóvel, de forma a restabelecer confiança e isentivo para a aquisição neste momento de uma viatura, e restablecimento financeiro de todos os encargos suportados pelas marcas e concessões.
Rita Araújo